Presença paterna, vínculo e função paterna
pensando o pai na clínica psicanalítica atual de crianças e adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v12i2.360Palavras-chave:
Adolescência, Contratransferência, Função paterna, Infância, VínculoResumo
Verifica-se, na clínica psicanalítica atual de crianças e adolescentes, uma maior presença e um maior envolvimento do pai no tratamento de seu filho. Observando o pai nesse contexto, os autores discutem, em vinhetas clínicas, como esse pai mostra sua presença na vida do filho, sua possibilidade de vínculo e de exercer ou não a função paterna. Iniciam lembrando da presença dessubjetivante do pai de Schreber em sua infância, relacionando-a com sua psicose. O analista, em sessões com o pai (ou os pais), durante a avaliação e o tratamento do paciente, defronta-se seguidamente com essa problemática em que o pai está ausente – ou até está presente e vinculado ao filho, mas não desempenha a função paterna. Por outro lado, também apontam o risco no analista de uma contratransferência que busca nesse pai (do paciente) o pai idealizado e fálico de sua própria infância, principalmente em analistas mulheres.
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