Resenha do livro Histórias de captura: investimentos mortíferos nas relações mãe e filha, de Ana Cláudia Santos Meira
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v25i2.876Palavras-chave:
Psicanálise, Resenha de livroResumo
Debater sobre as histórias de captura e os investimentos mortíferos nas relações mãe e filha é adentrar na temática do investimento pulsional no tempo inicial da vida do infans; tempo das primeiras impressões e inscrições inconscientes, no qual o Eu do infans encontra-se extremamente vulnerável nas origens, dependente do objeto. Nesse momento inaugural, dos primeiros arranjos — do choro e do desconforto —, poderá advir um acorde, o começo de uma melodia rudimentar de comunicação do bebê junto à mãe, ou ele poderá resultar em dissonâncias e estrondos — berço do trauma sem uma trama psíquica. Nas histórias de captura, os tempos se tornarão infindavelmente misturados; gerações serão justapostas. O que vamos percebendo são inseparações, indiscriminações. Esses investimentos mortíferos nos contam histórias de encontros pouco erotizados com o objeto materno, nos quais a intensidade da destrutividade e o desamparo revelam formações inconscientes pouco amalgamadas. [...]
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