O dia em que a Gestapo chegou à Bergasse 19
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v12i2.364Resumo
Aquele foi, certamente, o dia mais dramático e angustiante para Freud. Acostumado às turbulências despertadas por suas descobertas, ao trabalho clínico incessante e aos graves problemas de saúde, nada se poderia comparar ao que vivia naquela tarde de 22 de março de 1938, quando a Gestapo chegou à sua casa e levou Anna para depor no comando nazista, que tomara Viena, anexando a Áustria ao domínio de Hitler. Anna era muito mais que sua filha caçula, era sua colega de estudos, aluna dileta, revisora de seus textos, confidente dos embates e divergências entre os grupos de discípulos, colaboradora da pesquisa clínica, sua ex-analisanda e sua fé no seguimento dos ideais da psicanálise. Era também a herdeira confiável e fiel de seus ensinamentos e, nos últimos anos, a dedicada enfermeira que o acompanhara nas trinta e três cirurgias no orofaringe e na limpeza de sua prótese no maxilar direito. Anna era, sem dúvida, o seu amor mais caro e o amparo indispensável ao velho pai, vivendo seus últimos dias. [...]
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Referências
EDMUNDSON, M. A morte de Freud, o legado de seus últimos anos. Rio de Janeiro: Odisséia Editorial, 2009.
JONES, E. Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1989.
SCHUR, M. Freud, vida e agonia – uma biografia. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
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